O leite materno é um alimento perfeito, capaz de alimentar e proteger seu filho de possíveis infecções. Quer mais motivos para amamentar? Esta prática aumenta o vínculo entre a mãe o bebê, evita problemas como obesidade e alergias, sem falar que está sempre na temperatura ideal e não custa nada! Conheça todos os benefícios deste líquido perfeito e tire suas dúvidas!
Amamentar é a melhor coisa que uma mãe pode fazer por seu filho.
E não se trata de benefícios a curto prazo, como praticidade, melhor digestão, disponibilidade…
Além de todos esses benefícios, o maior de todos, talvez seja o mais simples e importante, trocar emoções, tocar seu bebê e investir neste vínculo de amor.
Nem sempre, amamentar é uma tarefa fácil, ou seja, algumas mulheres passam por dificuldades durante esta fase. Mas o principal nesta hora é ser bem orientada pelo médico ou por uma consultora de amamentação e estimulada para não desistir.
Você sabe quais as substâncias encontradas no leite materno?
São mais de 160 componentes descritos. O leite materno é um líquido rico em gordura, minerais, vitaminas, enzimas e imunoglobulinas que protegem contra doenças – imunoglobulinas somente presentes no leite materno. O leite humano contém, também, diferentemente do leite de vaca, maiores concentrações de aminoácidos essenciais de alto valor biológico (cistina e taurina) que são fundamentais ao crescimento do sistema nervoso central. Isso é particularmente importante para o prematuro.
Leite Materno: o melhor alimento para o bebê
Por ser o alimento mais completo, de fácil digestão, oferecer proteção imunológica, é prático, fortalece o vínculo entre mãe e filho e evita contaminações. Protege a criança de diversas doenças e infecções. Estudos demonstram que bebês amamentados no peito têm mais resistência a doenças e a taxa de mortalidade nos primeiros meses de vida é menor. Para completar, a amamentação fortalece a musculatura da face e da boca do bebê.
Como e quando deve ser a primeira mamada
Logo após o parto, ainda na sala de parto, a mãe deve oferecer o peito ao recém-nascido, assim a descida e a produção de leite serão mais rápidas. É muito importante que o primeiro contato do bebê seja com a mãe, pele-a-pele, logo após o nascimento. Através da pele dela ele receberá estímulos para adquirir os mesmos anticorpos que ela possui.
O que é o colostro?
Colostro é um líquido amarelado e grosso que tem a função de alimentar e proteger o recém-nascido de infecções, bactérias e vírus. Ele é conhecido como o primeiro leite, pois é secretado pelas mamas nos primeiros dias após o parto, porém ao final da gestação os seios já começam a produzi-lo. Ele sai em pequenas quantidades – adequado ao tamanho do estômago do bebê, mas suficiente para as necessidades do bebê e principalmente pelo poder de imunização natural que ele exerce.
Uma outra vantagem é que esse líquido amarelo e pegajoso é laxativo e ajuda na eliminação do mecônio (as primeiras fezes); quanto maior esta eliminação, o recém-nascido terá menos icterícia.
Até quando o bebê deve ser amamentado?
A OMS – Organização Mundial de Saúde recomenda que os bebês recebam exclusivamente leite materno durante os primeiros seis meses de vida. Depois deste período, com o objetivo de suprir as necessidades nutricionais, os bebês devem começar a receber alimentação complementar segura e nutricionalmente adequada, ao mesmo tempo em que a amamentação deve continuar por até os dois anos de idade ou mais. O desmame deveria ser um “acordo” entre mãe e bebê – na hora em que ambos quiserem.
Benefícios para a mãe que amamenta
São muitos os benefícios da amamentação para a mulher. Em primeiro lugar estudos comprovaram que amamentar diminui as chances de desenvolver câncer de mama e ovário. Outra vantagem é que o corpo volta mais rápido á forma, afinal amamentando gasta-se muita energia e em contrapartida acelera a perda de peso. O útero também contrai mais rapidamente, retornando ao seu volume normal. A amamentação exclusiva protege também contra anemia (deficiência de ferro).
Como aumentar a produção de leite?
A mãe precisa descansar, alimentar-se bem, ingerir grande quantidade de líquidos e oferecer o peito frequentemente. Quanto mais oferecer o peito, maior a produção de leite – o leite só se torna insuficiente se a mãe não deixar o bebê mamar ou não extrair o leite; ou seja, a “suficiência “ vai depender da saída de leite. Assim, para dois bebês (gêmeos), se ambos sugarem o leite será produzido o suficiente para ambos.
Alguns fatores como cansaço físico e emocional podem diminuir a produção do leite.
Lembre-se: a produção depende diretamente da sucção; ou seja, quanto mais o bebe suga, mais leite você produz.
Quais os intervalos entre cada mamada? Preciso acordar o recém-nascido para mamar?
O bebê pode mamar quando e quanto quiser. No começo, até a mãe conhecer o ritmo do bebê, poderá seguir o padrão de 1h a 4h de intervalo entre uma mamada e outra. Quanto ao tempo de permanência em cada seio varia de 10 a 20 minutos, porém não existe regra. Nos primeiros dias, os bebês tendem a dormir bastante e nem sempre se mostram dispostos a acordar para mamar.
Ele não vai passar fome, pois existem reservas nutricionais no seu organismo. Alguns nenês são mais preguiçosos que outros. Se o bebê está ganhando peso normalmente, não há necessidade de acordá-lo, porém se o ganho de peso for lento, vale estimulá-lo a sugar o seio. Uma dica é tirar um pouco da roupa, assim ele vai acordando lentamente, ou ainda, fazer cócegas nas bochechas para estimular o reflexo de sucção.
Como deve ser a alimentação da mãe que amamenta?
A mãe precisa estar bem alimentada, como na gravidez. Deve usar e abusar de alimentos ricos em vitaminas, porém manter uma dieta saudável e balanceada com todos os grupos de alimentos. Frutas, verduras e legumes não devem faltar. A única diferença está no aumento da necessidade de energia, pois há um grande gasto de calorias quando se amamenta. Deixar de se alimentar para perder peso mais rápido é uma ilusão e pode comprometer a amamentação. A ingestão de líquidos é muito importante também – amamentar dá sede – e deve ser aumentada nesta fase, principalmente a água.
Uma dica é deixar sempre uma garrafinha de água ao lado do local onde você amamenta.
Amamente seu bebê logo após a vacinação
Leite materno contém endorfina, substância química que ajuda a suprimir a dor. É uma boa ideia amamentar o bebê logo após ele ser vacinado. Ajuda a superar a dor e o leite materno também reforça a eficiência da vacina.
Fonte: Origem- Grupo de Apoio e Promoção ao Aleitamento Materno