Ninguém gosta de falar muito sobre isso, mas o medo do parto é um dos maiores causadores de ansiedade nas mulheres grávidas. Vamos falar sobre alguns dos receios das futuras mamães.
Dor
Converse sobre seu medo desde o começo com o obstetra, amigas e parentes que já tiveram bebê. Leia histórias de parto, mas saiba que a dor é muito particular, cada um sente de um jeito (embora tenha algum componente hereditário). E tem gente que quase nem sente! Outra coisa que você pode fazer é conhecer os métodos naturais de enfrentar a dor, ou até conversar com um anestesiologista para entender as ferramentas de que a medicina dispõe para controlar a dor na hora do parto.
Anestesia da cesariana
A picada da anestesia é meio aflitiva, mas saiba que há uma anestesia local antes e que você não sente dor, apenas uma pressão. Você pode pedir para alguém da equipe ficar ao seu lado para se sentir mais amparada. Concentre-se no fato de que há um médico especializado só nisso, o anestesiologista, que dá anestesias todos os dias.
Algo dar errado
Esse medo é muito natural e, como mãe, você vai conviver com ele para sempre. Procure se afastar de “histórias de terror” que muita gente gosta de contar. Considere que a grande maioria das histórias de parto são bem sucedidas. Concentre-se em pensamentos positivos, tire todas as suas dúvidas e, se achar que o medo está atrapalhando demais a sua vida, converse com o médico. Um certo medo é natural; viver apavorada não.
Descontrole da pressão arterial
Qualquer complicação da gravidez, como a hipertensão arterial, gera muita ansiedade. Mas também gera um cuidado mais atento por parte dos médicos. Não se acanhe de pedir para a equipe médica medir sua pressão. Saiba, no entanto, que a elevação da pressão no fim da gestação é comum, e os médicos estão acostumados a tomar as providências necessárias para controlá-la e para que tudo corra bem. Durante o parto, a pressão e a oxigenação da mãe são monitoradas o tempo todo.
Morrer
Esta é outra marca registrada da vida de mãe: o medo de não estar presente para cuidar do filho. Saiba que esse medo sempre vai estar ali, escondidinho. Além disso, o medo de temor no parto é justificado pela herança da época em que a morte materna era bem mais comum, devido a infecções e complicações, num tempo em que nem antibiótico existia.
Fatalidades podem ocorrer, mas são muito mais raras. Tire suas dúvidas com o médico e conheça os sinais de alerta para problemas mais graves. Tente conversar sobre o seu medo, em vez de tentar ignorá-lo.
Maus-tratos no hospital
Busque recomendações de hospitais e profissionais em que as pacientes são normalmente bem tratadas. Assuma uma postura ativa: deixe claras suas preferências. Faça perguntas sobre os procedimentos e os medicamentos, questione para que servem e se são mesmo necessários. Profissionais de saúde muitas vezes estão acostumados ao jeito passivo dos pacientes e acabam fazendo as coisas “no automático”. Mostre, sempre com respeito, que com você não será assim.