Contato com bebês recém-nascidos

Ocasionalmente, um beijinho pode ser a causa de grandes problemas de saúde do bebê. Especialmente, os recém-nascidos (até 30 dias de vida).

O sistema imunológico dos recém-nascidos inicia o desenvolvimento a partir do 2º trimestre da gravidez e prolonga-se até ao fim da adolescência.

As defesas que o bebê adquiri durante a gravidez da mãe são primordiais nas primeiras semanas de vida para protegê-lo de infecções. Os 2 primeiros anos são críticos para o desenvolvimento do sistema imunológico da criança que, gradualmente e por etapas, adquire anticorpos que a ajudam a combater e resistir às infecções.

Embora ao nascer esteja imune a algumas doenças (imunidade natural) devido aos anticorpos protetores, que recebe através da placenta da mãe, o sistema imunológico do bebê é imaturo e por isso muito suscetível a infecções provocadas por um grande número de micro-organismos, que podem causar infecções e danos graves na sua saúde ou mesmo a morte.

O hábito de beijar o recém-nascido é uma importante forma de contágio devido ao contato da pele ou mucosas do bebê com a pele ou substâncias do adulto infetadas pelo vírus, como a saliva.

A infecção com o vírus do herpes não tem cura. Quando se instala no organismo, manifesta-se através de feridas (aftas ou erupções formadas por pequenas bolhas) e mesmo sem sintomas visíveis, o vírus permanece num estado inativo e continua a ser potencialmente contagioso.

Esta resistência viral faz com que exista sempre a possibilidade de se infectar outra pessoa através do beijo ou do toque. No caso do recém-nascido ou do bebê, a imaturidade do sistema imunológico potencia este contágio e o desenvolvimento de uma infeção viral que, nos casos mais graves, pode causar dano permanente ou a morte.

A infecção pelo vírus do herpes pode circunscrever-se à pele, olhos e boca (mucosas) ou, nos casos mais graves, propagar-se através da corrente sanguínea, infectando os órgãos internos (cérebro, fígado, pulmões), infeção que pode não ser evidente até aos 2 ou 3 anos de idade.

Entre os sintomas estão comichão ou formigueiro na zona infetada, seguida pela erupção de pequenas bolhas, irritabilidade, perda de apetite, oscilações da temperatura, convulsões (quando a infecção atinge o cérebro), inflamação do fígado (hepatite) ou dificuldades respiratórias.

A confirmação da infecção pode ser feita mediante análise laboratorial do líquido das bolhas, de amostra de urina, secreções das pálpebras, secreções das narinas, sangue ou líquido cefalorraquidiano.

Regrinhas que protegem a saúde do seu bebê:

1. As visitas devem lavar e desinfetar as mãos antes de mexer ou pegar o bebê ao colo.

2. Não permitir que as visitas ou terceiros beijem o rosto e as mãos do bebê.

3. Proteger a pele do bebê contra pequenas lesões que servem de porta de entrada a micro-organismos nocivos.

4. Higienizar os utensílios envolvidos na preparação da alimentação do bebê.

5. Nos primeiros meses de vida não misturar os utensílios usados na alimentação do bebê com os do restante da família.

6. Cumprir o Plano Nacional de Vacinação.

Compartilhe!
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email