Quando os pais devem ligar para o pediatra?

O bebê está apresentando sintomas diferentes? Saiba em que situações os pais devem ligar para o pediatra ou levá-lo ao pronto-socorro

Frequentemente, em situações que o bebê apresenta sintomas atípicos é comum que os pais se perguntem se devem ligar para o pediatra ou se devem levá-lo diretamente a um pronto-socorro.

A pediatra Juliana Zaccarias explica que é importante agir com bom senso nesses momentos, mas destaca que pais de recém-nascidos frequentemente ligam ao primeiro sinal de dúvida.

De acordo com a Dra. Juliana, os principais motivos de ligações ao consultório pediátrico são nariz escorrendo, febre e tosse. E para pais de primeira viagem, a insegurança é comum e, quando algo sai do comum, eles buscam a tranquilidade conversando com o pediatra que acompanha a criança.

“Pais que se sentem inseguros devem entrar em contato, e é importante considerar a disponibilidade do pediatra ao escolhê-lo, para que não se sintam desamparados em situações de emergência”, orienta a especialista.

Situações que requerem contato com o pediatra:

Febre alta, os pais devem ligar para o pediatra

A febre costuma assustar, especialmente em bebês pequenos. A Dra. Juliana aconselha avisar o pediatra que acompanha o bebê, principalmente se a febre durar mais de 48 horas ou vier acompanhada de outros sintomas. “O grau da febre não indica necessariamente a gravidade do problema”, ressalta a pediatra. Se a criança permanecer prostrada e sem disposição, mesmo após tomar antitérmico, é importante informar o médico.

Tosse e problemas respiratórios

Do mesmo modo, tosse é motivo de preocupação e, se acompanhada de chiados no peito ou aumento da frequência respiratória, é necessário avisar o pediatra. A Dra. Juliana explica que, até os 2 meses de vida, é normal o bebê ter 50 respirações por minuto. Dos 2 aos 12 meses, são esperadas 40 respirações por minuto. Observar o movimento da barriguinha auxilia na contagem correta.

Os pais devem ligar para o pediatra quando surgirem vômitos frequentes

Vômitos frequentes e repetitivos devem ser comunicados imediatamente ao médico. Um sinal preocupante é quando, junto aos vômitos, o bebê chora sem lágrimas e/ou reduz a quantidade de urina, o que pode indicar desidratação.

Quedas e acidentes

Ainda mais, as quedas requerem atenção imediata. É importante ligar para o pediatra e informar a altura da queda. Dependendo do caso, o médico poderá recomendar a ida ao pronto-socorro. Caso a queda tenha sido leve, os pais devem ficar atentos a sinais como vômitos após a queda, sonolência excessiva, mudança de comportamento e convulsões. Se a criança apresentar algum desses sintomas, é imprescindível entrar em contato com o pediatra.

Contudo, além dessas situações específicas, existem outros sintomas nos bebês que também requerem contato com o médico, como recusa em mamar, irritabilidade excessiva e sonolência persistente.

Orientações para evitar a cultura do pronto-socorro

Ainda mais hoje em dia, é comum que os pais levem seus filhos ao pronto-socorro ao menor sinal de mudança de comportamento, resultando em sobrecarga desses serviços. Problemas como nariz entupido, prisão de ventre e tosse são frequentemente encaminhados aos hospitais infantis. A Dra. Juliana Zaccarias alerta os pais sobre essa prática e ressalta a importância de primeiro consultar o pediatra que acompanha o bebê. Além disso, ela destaca que ambientes de pronto-socorro são propícios à propagação de vírus e bactérias prejudiciais aos recém-nascidos, que possuem um sistema imunológico ainda em desenvolvimento.

Do mesmo modo, a Sociedade Brasileira de Pediatria também chama a atenção para que usem adequadamente os serviços de pronto-socorro, e alerta que eles devem se destinar a emergências reais, não substituindo consultas pediátricas de rotina. É importante comunicar o ocorrido ao pediatra regular da criança, para que ele possa orientar o tratamento adequado e solicitar exames necessários.

Sobretudo, consultar regularmente um pediatra é fundamental para a saúde e bem-estar do seu filho, não apenas em caso de doenças, mas também para monitorar seu desenvolvimento adequado.

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